segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Vão encher a paciência dos raios que os partam!

Minha amiga Divina Scarpim, titular do blog Vida Cadela, que recomendo a todos os meus amigos, publicou no dia 6 pp uma crônica da sua lavra a que ela deu o título de “Me perguntaram por que gosto tanto de criticar e questionar deus...", onde ela inicia dizendo: “Tantos religiosos vêm tentar me converter de todas as maneiras que não tenho outra saída se não pensar no assunto!”. A partir daí, destila maravilhosamente toda a sua insatisfação com aqueles distintos salvadores de almas.

Terminada a sua leitura, tenho de confirmar que ela acertou na mosca com as suas palavras e eu lasco o meu chamegão depois da assinatura dela, adoçando tudo o que ela disse lá (Lá-lá-la, lará-lá-lá! Sem cacografia!).

E acrescentaria mais à matéria motivo do post dela e que quase transformou este meu post num comentário no do dela, neste momento em que estou com boca amarga pela bilis descarregada pelo ataque sofrido pela minha vesícula, conseqüência automática das reações do meu corpo e que sempre acontece quando trato deste assunto.

Porque eu quero mais é que aqueles anjos do paraíso dos raios que os partam, que adoram ver a gente de saco cheio, não só nas manhãs dos domingos, - Quase todos, Virgem Maria! - mas também em todos os outros dias da semana, conforme ela bem descreveu, sigam em outra direção que não o da minha casa. Por exemplo, o caminho que vai pra casa do Inácio!

Na rua atrás da minha casa tem uma igreja evangélica. Tem uma igreja evangélica na rua atrás da minha casa. (Nossa Senhora! Quanto estardalhaço linguístico!). Parece que a porta por onde entram os desgraçados dos seus abençoados (os únicos entre todos os filhos de Deus) fica defronte à porta da minha casa, tal a intensidade do som do auto-falante de umas 30 polegadas que fica no ponto mais alto do telhado do prédio da igreja deles que, para mim, deviam (a porta e o auto-falante juntos) estar de frente para onde descarregam os seus acólitos: dentro do panelão cheio de doce de coco fervente do inferno!
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E tem mais, suas ínguas! No dia do juizo final, quando todos batermos as botas, abotoarmos o paletó, vamos todos dançar ao som do trio elétrico da merda da Ivete Sangalo no arraial do capeta, no meio de um poeirão e de um calor desgraçados. E o castigo será o de que não haverá refrigerantes nem cerveja gelados. E não adianta me contestarem porque na Bíblia está escrito que é mais fácil levarmos no trazeiro do que um camelo passar pelo buraco da agulha. Não é bem assim que está escrito, mas é o que deve ser entendido!

Foi também muito boa a lembrança da minha querida blogueira sobre o caminhão das pamonhas de Piracicaba. Em consonância com essas reminiscências torturantes das nossas vidas, escrevi uma crônica que coloquei aqui mesmo no meu blog intitulada A caminhonete do gás, onde descarreguei toda a minha réiva e ódio que estavam incomodando a mais absoluta pureza que existe imaculada dentro do meu coração - Vocês sabem disso! - contra esse monstro escomunguento que me acorda e me assusta todas as manhãs, sem que tenha havido uma solicitação minha nesse sentido.

Ficam sobrando assuntos dessa natureza para alguém escrever sobre eles: o vozerio dos auto-falantes tonitroantes da kombi da padaria lá dos quintos dos infernos que vende pães por aqui, das outras kombis de supermercados anunciando a boa nova do desconto do xuxu e da manga desta segunda-feira, da F-100 dos abacaxis de Xanxerê, da outra kombi das sardinhas de Angra e aquela outra da festa hippie do Penedo. Tem também aquela aporrinhação da quadrilha de paraplégicos vendedora de drops, cuja renda vai pra eles e pro restante do bando de vagabundos que os empurram em suas cadeiras de rodas pra cá e pra lá. Pra camionete do não sei lá mais o quê... e por aí vai.

Mas há uma esperança, com várias saídas, bem pertinho de nós resendenses, podendo quase que serem vistas daqui da cidade. Se elas são radicais, a esperança de dias mais calmos e sossegados é, porém, compensadora: mudar pra Vargem Grande ou pra Formoso. Pra Arapeí ou pra São José do Barreiro, dá não! Dizem que por aqueles cafundós está a mesma bosta!
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Por conta disso, estou indo hoje á tarde pra Bocaina de Minas, outra opção de mudança colocada entre os meus prováveis destinos, caso não consiga suportar mais as agruras desta cidade de Resende. Vou passar o reveillon com a minha família lá na Pousada Moinho d'Água. Nadar de piscina, tomar uma sauna, comer muita comida mineira (frango caipira!), andar de cavalo, ficar com a bunda toda assada...
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Uma boa passagem de ano para todos, paz, alegria, tranqüilidade e muito, muito dinheiro para todos os amigos e visitantes desta bosta de blog para o ano que se inicía.
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Digo bosta de blog porque bonito ficou o blog perplexoinside! Vai lá e dê só uma oiada! Foi feito pelo meu amigo Ery Corrêa.
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I bibida prus músicus!

sábado, 29 de dezembro de 2007

Gingobel, Gingobel, vai pro beleléu!

Por incrível que apareça, esta foto que capturei no blog do Bidô me deu o mote para que escrevesse a matéria do post imediatamente anterior.

I bibida prus músicus!

Natal: antes, durante e depois

O Natal sempre causa alguns sentimentos contraditórios em determinadas pessoas nos dias que o antecedem, permanecendo censurados em suas cabeças e não saindo da boca para fora para elas não parecerem infantis ou juvenis nas suas elucubrações. Se por um lado tais sentimentos podem ser lúdicos e bacanas, eles também são acompanhados do estresse inerente àquilo que não deixa de ser, queira ou não, mesmo nos instantes em que ocorrem, a realização de algum dos nossos mais ambiosos sonhos ou a confirmação de uma ou de todas as nossas mais frustradas ambições.
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Por exemplo, aquela vontade expontânea e sincera, sentida com o coração transbordante de alegria e amor, de ser contemplado sozinho na Mega Sena quando ela estiver acumulada nuns 40 milhões e, com parte desse dinheiro, construir aquela sauna cujo forno foi adquirido há quase uma década e que está servindo de ninho de sabiás lá na varanda dos fundos da casa. Pode ser ainda o desejo de ver desaparecerem da face da terra a Xuxa, o Faustão, o Jô... Ver, ainda em vida, o projeto que concederá férias para os aposentados ser aprovada pelos deputados federais, pelos senadores e depois também pelo presidente, tudo na mais insofismável transparência. Pode ser até numa grande trambicagem armada por esses cidadãos, ciosos de que os fins justificarão os meios para o benefício e o gáudio de mais de quatorze milhões de compatriotas aposentados, eles incluidos.
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Também pode ser com o de ser surpreendido com uma simples lembrancinha, tal como uma garrafa de Chateau Mouton Rothschild... uma garrafa do Jack Daniels...
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Talvez um de nós traga ainda vivas na memória, num arquivo indeletável, as lembranças boas e ruins da última ceia de Natal para a qual fomos convidados e que não houve motivo, ocasião ou desculpa justificáveis para se descartar de tão amável convite.
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O Natal pode ter tido, nessa ocasião, como contraditório a um lado alegre e gostoso, um outro ruim, inseparável pelo resto da vida daqueles que sobreviveram à sua passagem por razões quase miraculosas, desde que analisadas numa narrativa separadas de outros aspectos dessa festa, ficando-se centrado exclusivamente no tema por conta daquilo que se bebeu ou se comeu na ceia correspondente e nas conseqüencias do rega-bofe desse festival.
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Como aquele porre do desgraçado do Vinho Sangue de Boi precedido pelo Whisky Drurys (ou era Old Eigth?), cujo gosto acre permanece até hoje. Bem que havia opções de aperitivo para os mais conservadores: uma cachaça da Capelinha, produto genuíno de Resende, quiçá centenária. Tinha também Contini, Coldezano e um delicioso licor de limão feito pela avó da mulher do anfitrião. Cerveja não faltou, diga-se de passagem, apesar de sua temperatura ter estado incompatível com o calor quase insuportável que fazia neste nosso pleno verão. “- Bota gelinho, moçada, bota que ela melhora!” – Disse uma das anfitriãs, talvez parente. Vai saber! – “É que nós pusemos elas na mesa uma hora antes de vocês chegarem para que ela ficasse bem bonita, com tudo arrumadinho. Vocês não gostaram?” - Além das bebidas, comida, muita comida! Arroz carreteiro, feijão tropeiro, farofa com muito ovo frito todo desmanchado em pedaços, do jeito que deve ser, azeitonas verdes e pretas, torresminhos de bacon e rodelinhas de lingüiça de porco, uma iguaria. No todo, uma fartura geral pra ninguém botar defeito! Uma mesa genuinamente brasileira, farta e apetitosa, apresentando as características saborosas e irresistíveis da cozinha mineira.
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Também de forma lúgubre e para sempre, ficará a lembrança da desinteria provocada por alquela leitoinha de olhos fechadinhos, parecendo que tinha ficado com eles ofuscados com o flash da sua última foto, pés e patas dianteiras esticados, bem para trás e bem para a frente, nessa ordem. Estava toda rodeada de folhas de alface hidropônica - última moda para alguns vegetarianos - e de algumas rodelas de tomate, a primeira meio murcha e o segundo se desminlingüindo, tudo servido numa enorme bandeja de alumínio, inteiramente marcada pelos anos de labuta do seu árduo trabalho em fornos, sendo as marcas representadas por crostas pretas de carvão oriundo de massas queimadas e petrificadas em suas bordas internas e externas, tal qual calos nas mãos de um loborioso trabalhador braçal. Até a maçã, presa pelos dentes da boca do bichinho, não deixou de apresentar algumas rugas na sua pele, como resultado da passagem do tempo desde a tentativa da sua cremação até aquele momento. Castigo, ou não, parece que uma praga rogada pelo animal assado antes do término da sua breve passagem entre os vivos não permitiu que o seu couro ficasse pururuca. Também pudera! Depois de ter ficado umas três horas no forno! E havia sido somente há cinco dias!
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Pode ser que a desinteria não tenha sido provocada pela leitoinha, coitadinha! O desinterítico pode, entretanto, colocar as suas dúvidas naquele salpicão que estava nadando na maionese e que não conseguiu ser transferido da sua bandeja para os pratos dos comensais com a colher de pau colocada na mesa para essa finalidade. Coisa simples, entre tantos entraves que acontecem nessas ocasiões! A velha concha normalmente usada para esvaziar o caldeirão de feijão do cotiano deu fim a esse contratempo.
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Outra dúvida assaz cruel é se não foi por causa daquelas três rabanadas deglutidas com aquele ponche de manga, mamão, melão, banana, abacaxi e espumante nacional.
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Enfim, o Natal passou, a ressaca e o desarranjo estão se tornando sombras do passado, outra ceia está programada para a passagem do ano - Na mesma casa, com os mesmos anfitriões. Ai, Jesus! - e desta vez soube que a leitoa será assada com menas horas antes do evento.
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Ah! O ponche? Desta vez será enriquecido com kiwi, maçã, pera, carambola e ameixa. De quebra, além do espumante, vão colocar um litro daquele vinho tinto doce de São Roque, daquele vendido em litros. Garantem que ficará mais bonito, bem coloridinho, tendendo para o rosado. É mole!
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I bibida prus músicus!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal e próspero Ano Novo!

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I bibida prus músicus!

Blog em obras

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Informo a todos os usuários deste blog que o mesmo está passando por uma fase de manutenção preventiva e instalação de novos equipamentos, como Marcadores e outras frescuradas que o Zé Mané aqui achou por bem fazer, localizados no corpo principal e nos elementos aí da coluna da direita.
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Como já existem cagadas feitas nos Marcadores, O Zé Mané aqui solicita a quem souber que o ensine a renomear ou deletar alguns marcadores, por estarem errados ou inconsistentes com a linha de raciocínio esculhambada do próprio Zé Mané aqui.
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Se o seu nome ainda não apareceu nos marcadores, tenha um pouco de pacença. Logo, logo, ele aparecerá com todas as estrelas que merece. Promessa do Zé Mané aqui.
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Bibida prus músicus e vamu qui vamu qui lá vem chuva e hoje tem ceia de natal na casa do meu filho Gu!
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Update em 25.12.07:
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Agradeço aos que se interessaram pelo meu poubrema. Dispenso a ajuda, porém, porque descobri como desfazer as minhas cagadas com relação a Marcadores errados ou inconsistentes com a linha de raciocínio esculhambada do Zé Mané aqui.
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E se você, meu querido amigo visitante, não sabe como fazer isso, deixe um comentário aqui neste mesmo post relatando isso e forneçendo-me o seu endereço de email para eu lhe passar a mutretagem dessa operação, o que farei com a maior satisfação.
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I bibida prus músicus outra vez!

Novo registro do batalhão de choque

Clique na foto para ampliá-la
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Foto batida em 18.12.2007. Da esquerda para a direita: Magno & Lígia , Luísa Maria e o Zé Mané aqui, Helena & Gustavo e Maria Eduarda, a fofura do batalhão. Os dois barbudos são nossos filhos, as duas senhouras nossas noras e a Maria Eduarda filha do 1º casamento da Helena.
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Bibida prus músicus e vamu qui vamu!


O auê da UE

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Estava tomando umas e outras e lendo o Jornal do Brasil hoje cedo no meu botequim, o Bar & Snoker Manejo (Assim mesmo, do jeito que escrevi: snoker. Tem um mapinha aqui, ó, no post A caminhonete do gás!), no meu querido Bairro Manejo, juntamente com o Tóia, meu amigo e guru do pedaço, quando ele me interrompeu:

- Nori! Você pode me explicar esse fuzuê sobre a proibição da importação da carne bovina brasileira pelos países da União Européia? Andei meio desligado de notícias esta semana... Perdi a tesão de ver o Evaristo, a Fátima, o Boris, o Nascimento...

Eu havia acompanhado por alto os antecedentes dessa lenga-lenga, cujo epílogo deu no que deu, com informações obtidas via Internet. Por isso, não poderia me furtar de apresentar ao meu amigo o que sabia, assim como bombardeá-lo com as minhas opiniões sobre tal fato e as suas conseqüências para nós. A pergunta dele, ele o sabia, antevia isso. Afinal, o Tóia é uma das poucas pessoas com as quais consigo conversar nesse meu refúgio, - Porque não? - não se satisfazendo com retóricas simples e descabidas. Possui interesse e conhecimento sobre tudo - de naves espaciais a pomadas contra frieira - e sobre todos - vivos, mortos, doentes, convalescentes e dos que estão com o pé na cova, - e tem uma educação escolar semelhante à minha, mesmo que limitados (interesse, conhecimento e educação escolar), como os meus, com o que uma discussão entre nós transcorre na maior tranqüilidade. Vive a me provocar com a sua curiosidade quando estamos juntos e me apresentando freqüentemente fatos novos e desconhecidos, o que sempre dá motivo a uma conversa informal e desestressante, controversa ou unânime nos nossos pontos de vista, o mesmo se dando no sentido inverso, ou seja, o que ele faz comigo faço também com ele. Nunca, nessas ocasiões, deixamos de estar acompanhados do nosso copo de cachaça, do nosso cigarro e de algum jornal, mesmo que seja o Extra que o boteco oferece todos os dias aos fregueses. Já a maioria dos freqüentadores do local, entretanto, são limitados aos cumprimentos ou à encheção de saco quando já estão enrolando a língua, nos abraçando e bufando um hálito fedorento de cachaça ou jurubeba misturadas com cerveja, ou se despedindo num aperto de mão interminável, ou retomado inúmeras vezes, raramente puxando uma bate-papo que dure mais do que cinco minutos ou negando-se a dar ouvidos mesmo que seja para uma conversa sem complicações.

- Negósiguinte, meu chapa! – Respondi-lhe. - A União Européia resolveu suspender a importação da carne bovina brasileira deooooa-p-e-n-a-sooooalguns dos nossos exportadores, por causa do não cumprimento de determinadas normas sobre o manejo do gado, focando principalmente o rastreamento incorreto do boi.

Tomei um gole da Capelinha e continuei:

- Li há alguns dias num blog algo que a União Européia não revelou no seu comunicado aos órgãos do nosso governo: por trás dessa decisão, existiu também um forte lobby dos criadores irlandeses, extremamente insatisfeitos com a alta produtividade tupiniquim, posto que conseguimos colocar nas mesas deles, em todos os confins da Europa, e até da Ásia e do Oriente Médio, carnes mais baratas do que as produzidas localmente.

Sem dar margem para que meu amigo interrompesse minha falação, emendei dizendo que o bom nessa decisão dos europeus é a sua conseqüência para nós, visto que o preço da carne no mercado interno deverá sofrer uma redução devido a uma maior oferta por parte dos frigoríficos, aqueles que deixarão de exportar. Isso aumentará a concorrência entre eles e os obrigará a vender a dita cuja a preços inferiores aos que eles vinham praticando. Vai sobrar, então, uma quirera maior para satisfação de nós, carnívoros por vocação. Certo ou errado, com a exportação a pleno vapor, seus preços estavam chegando à estratosfera, ao absurdo e ao nosso desespero, levando-nos a fazer com que os tipos mais nobres, como o filé mignon, a picanha, a maminha, a alcatra, passassem a ser tratados como finas iguarias, só mastigáveis e deglutidas em ocasiões especiais, tirando velórios.

Para que Tóia sentisse firmeza no que eu dizia e pelo fato de ter feito compras no fim de semana que passou, estando bem atualizado, conseqüentemente, confessei-lhe do meu espanto ao ver os preços praticados atualmente (sábado passado).

- Óia bem! No Royal (supermercado), a picanha resfriada, desossada e cortada na hora, está a R$ 24,99/kg, enquanto na sua frente, no Pica Pau (açougue localizado no outro lado da Av. Cel Mendes), a mesma picanha, resfriada, agora embalada à vácuo e etiquetada, com marca, portanto, está saindo por nada mais, nada menos do que R$ 32,20/kg. Mais barato? No Avanço (outro supermercado, distante uns 80 metros do Royal)! Lá tem aquela picanha fatiada, eu disse fatiada, igualmente resfriada e embalada a vácuo, por míseros R$ 14,99/kg. Só que essa picanha é uma verdadeira bosta, dura pra caraio, sendo seguramente não de boi de corte, jovem ainda, mas sim de vaca velha ou de boi de carreiro. Certo?

Deixando a minha pergunta de lado, esvaziamos nossos copos simultaneamente, acendemos nossos cigarros, demos umas baforadas caprichadas e pedimos mais duas pingas. Era domingo mesmo, oras! Somos aposentados, com agendas vazias de compromissos... hoje é véspera de Natal... quase todo mundo enforcou o serviço prolongando o fim de semana... amanhã é Natal...

Permanecemos calados por um tempinho, olhando os circunstantes, uns jogando sinuca, outros tranca, outros colados nas máquinas caça-níqueis (Caça-níqueis uma ova, os caras enfiam até notas de 10 reais nelas!), outros simplesmente batendo papo em torno das mesas ou apoiados sobre os cotovelos no balcão, babando sobre o mesmo ou olhando para o infinito, limitado aqui à Avenida Cel Mendes e às paredes do bar repletas de cartazes de cervejas e refrigerantes. Uns poucos ficam vendo uma das duas televisões instaladas em pontos estratégicos do recinto. Como havíamos cortado nosso circunlóquio, meu amigo retomou o tiroteio.

– Claro que está tudo certo! Tudo muito bem entendido. Essa sua aula de economia até o Guido Manteiga sabe dar!

- Mas aí tem outro problema, que é uma merda e que o Guido não fala pro povão! – Emendei. - Prestenção! Baixando o preço, o povo passará a comer mais carne e o seu preço tenderá a aumentar, ficando, no frigir dos bifes, do mesmo jeito que estava antes.

- Caraio! É sempre assim, do jeito que ocê tá falanu! No fim, a gente sempre toma na bunda! – Dito isso, fez exatamente uma cara de bundão e tomou mais um gole, no que foi acompanhado por mim, numa conferência conjunta para sabermos se a nova birita servida era a Capelinha mesmo ou se era aquela mata-corno do barril.

- Mas, Tóia! Existe sempre uma ou mais saídas para se evitar um suicídio coletivo, num acha?

- Diga quais. T'ovinu!

- pode substituir a carne bovina pela de outros bichos, como a do porco, cujo lombo está a R$ 13,99/kg no Royal.

- Não como carne de porco, sabe muito bem que nunca comi o torresmo aqui do boteco!

- Coma carne de frango, então, ora bosta! No mesmo Royal, o galeto congelado da Sadia está por R$ 6,99/kg. Se você acha caro, mais barato do que isso só o frango congelado da Copavel, vendido ali também por R$ 3,73/kg. E olha que essa marca foi uma das poucas, umas 5% das que passaram pelo teste feito há alguns meses em belos filhos de galinhas antes de se tornarem galos pela ANVISA, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

- , Nori, explica melhor!

- Vamu lá! Há alguns meses, a ANVISA pegou frangos de uns 30/40 abatedouros e mediu a quantidade de água encontrada neles, vinda na forma congelada. Naturalmente, parte da água está entranhada na própria carne do bicho, porém, boa parte na forma de gelo mesmo, perfeitamente palpável se você retirá-lo pelo buraco onde um dia se localizava o cu do pobre frango. Os resultados de certas empresas chegaram a apresentar um índice de quase 30% do peso da água em relação ao peso do frango após descongelado. Um absurdo, uma afronta ao povo, uma regra sacana de empreendedores desonestos que nos consideram eternos palhaços. Na ocasião, só faltou a ANVISA dizer que um dia ainda iriam botar água oxigenada e soda cáustica no leite.

- Cacete! É por causa disso que só como frango caipira ou pato da fazenda do Cícero (um dos três sócios do bar, todos irmãos)! – Retrucou Tóia.

- Coma peru, então, porra! Mesmo porque estamos na época de Natal e de passagem de ano, datas de comemorações, bebemorações... num sabe, mas no Royal o peru temperado e congelado da SADIA sai por R$ 9,29/kg.

- Dá na mesma! - Repinboca Tóia novamente. – Essas bostas de perus também são criados com ração. A carne deles não tem gosto nenhum. Quando sou obrigado a comer carne de peru, tenho a impressão que estou comendo papelão.

- Ah, meu! Vai , então, ô cacete! Vamu pará por aqui e fique então na mortadela!

- Ta custando quanto?

- R$ 9,18 a da Perdigão e R$ 9,84/kg a da Marba, no Royal.

- Esvaziamos nossos copos e ele pergunta: - Vamos tomar mais uma?

- Concordei na bucha e só paramos lá pelas 13:00 horas, quando resolvemos correr o trecho, não sem antes confirmarmos de que hoje voltaríamos a nos encontrar. No mesmo botequim, claro!

Seguimos cada qual na sua direção, os dois trocando as pernas num vai-e-vem parecido com pés de bambu acoitados pelo vento. No meu caso, nunca consegui saber o porquê dessa minha macaquice que acontece sempre quando vou ao botequim e volto pra casa. Deve ser velhice! Ou então aqueles desgraçados estão botando metanol na Capelinha. Duvida?

I bibida prus músicus!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Resende Futebol Clube na 1ª Divisão

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O Resende Futebol Clube é o time de futebol da minha cidade e foi fundado em 6 de junho de 1909, tendo quase a metade da idade desta terra que um dia foi chamada de Nossa Senhora do Campo Alegre da Paraíba Nova, fazendo parte da consciencia histórica da redondeza.
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Na final para a disputa de campeão da 2ª divisão do campeonato de 2007, venceu o Mesquita por 1 x 0, numa partida que muitos incrédulos julgavam impossível a sua vitória devido à força do adversário. Classificou-se para a 1ª Divisão do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro de 2008, quando enfrentaremos grandes times como o Fluminense, o Flamengo, o Vasco, o Botafogo. Eles que se preparem!
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O júbilo em todo o município é grande e justificado. Domingo passado tivemos uma grande carreata na cidade, com os jogadores campeões desfilando em carro aberto e vestidos com o uniforme do clube com as inconfundíveis e sagradas cores do preto e do branco. Era um dia de céu azul e de um sol tão forte nos derradeiros dias do outono que os seus raios faiscavam nos uniformes, se refletiam para o espaço e quase ofoscuvam a nossa visão.
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O monumental desfile deles foi sobre a carroceria de um caminhão F-600 e era seguido por mais dois carros de passeio, quando deveria ser sobre um caminhão do Corpo de Bombeiros, tal como acontece em ocasiões semelhantes em todo o mundo. Vai ver que comandante deve ser torcedor do Voltaço e se negado a colaborar para esse grande evento, só superado na ocasião em que o Tandi esteve por estas bandas após a Seleção Brasileira de Volei ter se sagrada campeã do mundo há alguns anos atrás.
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Quero ver a atitude dele se o Resende FC ganhar o Campeonato Estadual de 2008 e se classificar para o Campeonato Brasileiro de 2009!
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Quero ver a atitude dele se o Resende FC papar esse campeonato e se classificar para a Libertadores!
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Quero ver a atitude dele se o Resende FC ganhar esse campeonato também e se classificar para jogar aquele campeonato no Japão!
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Quero ver a atitude dele dele se o Resende for o campeão do mundo em Tóquio!
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I bibida prus músicus!

Novo banco na Uau Street de Resende

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Depois do Banco do Brasil e do Banco Itaú, desta vez foi o Banco Real quem abriu as suas portas nesta semana que se finda para os grandes capitais dos habitantes do Bairro Manejo, incluídos bicheiros e aposentados. Comenta-se que a Caixa Econômica vem na rabeira de todos eles.

Fica na avenida Cel. Mendes, uma das mais importantes da cidade, que assim vai consolidando a sua vocação de ser a Uau Street de Resende que, por sua vez, também vai se firmando como o centro de uma das maiores regiões metropolitanas do muuuuundo, cujos limites atingem Sun Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Belzonte. Se bobear, Curitiba também será abocanhada.

Continua faltando no bairro uma sapataria, um sapateiro, uma funerária e uma revendedora de iates.

Ah! Foram fechadas definitivamente as 4 salas de projeção do cinema do Wall Street Shopping. Perseguição da prefeitura, obras irregulares e outros que tais e pau na nossa bunda! Cinema em Resende agora só na AMAN – Academia Militar das Agulhas Negras. Por conta disso, fica faltando também um cinema por estas bandas.
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I bibida prus músicus!

A caminhonete do gás

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Hoje cedo, logo que cheguei no meu botequim preferido pra tomar um destranca-peito, Tóia, meu parceiro de tranca, graaaande guru da redondeza, se aproximou e me colocou a par de um assalto ocorrido ontem, ali pelas oito horas da manhã, atrás do Supermercado Avanço, pertinho de onde estávamos e de onde resido, ocasião em que o motorista da caminhonete que distribui gás por estas bandas foi aliviado da sua grana por um cidadão desconhecido, armado com um baita trabuco, levando todo o seu dinheiro e fugindo a pé em seguida.
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Dei uma talagada na pinga que me foi servida, uma Capelinha daquela das brabas, que desceu goela abaixo rasgando feito uma motoniveladora, no que dei seguimento com uma raspada na garganta, uma cusparada na caixinha imunda de guimbas e fiquei matutando: como a distribuição de gás pela vítima começa pontualmente às 07:00 horas da manhã, presumo que ele ainda estava com um faturamento baixo. Talvez uns 100 reais, resultado da venda de, digamos, dois botijões de gás e alguma merreca com a qual ele começou o dia como troco. Roubo de merda!
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Considero que o assalto foi e é uma circunstância relativamente normal nos tempos atuais, seja aqui em Resende, seja em Xanxerê, e acho que não vale a pena gastar mais palavras sobre ele.
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Mas, aquelas duas figuras, o motorista e a caminhote, merecem, pois são personagens cotidianas de uma das maiores encheções de saco por que passo todo dia, de segunda a segunda, faça chuva ou faça sol, e ela tem início quando a caminhonete adentra a rua atrás da minha onde moro e o motorista bota pra berrar um auto-falante de umas dezesseis polegadas instalado sobre a cabine do veículo, começando uma zueira desgraçada com a música Pour Elise (Clica!), uma partitura maravilhosa de Beethoven, transformada num instrumento de tortura auditiva pior do que aquela que os americanos fizeram em 1990 no Panamá para prender o ditador Noriega. O merdel é ainda pior por que a música não é tocada por inteiro, ficando a sua execução restrita apenas ao primeiro movimento, sem interrupção, digo, sem pausa, se é assim que se diz.
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Digo de antemão que não tenho nem nunca alimentei contra a caminhonete e seu motorista qualquer desejo de maldade, apesar da raiva que sinto por eles pelo que me proporcionam todo santo dia, iskrusivi sábados, domingos e feriados, não obstante eu nunca ter solicitado . E se um dia um desses - Quem sabe? - um botijão de gás da carga explodir e com ele todos os seus companheiros redondinhos, mandando tudo pro inferno, motorista incluido, não será por culpa minha, pois jamaaaaaaaaaais pensaria numa coisa dessas. Só espero que seja longe de mim e de minha casa!
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Retomando o fio da meada: o tormento nas minhas orelhas só é aliviado quando o desgraçado do motorista pára para atender alguma residência e o som é desligado, voltando imediatamente a vomitar aquele som midi da pior categoria logo que se colocam em movimento outra vez, teimando em embostar a beleza musical criada por um dos mais espetaculares compositores de todos os tempos.
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Bom! Se na cidade onde você mora também existe essa perrenga, deve saber do que estou falando. No meu caso porém, a geografia conspira contra mim, pois
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- o veículo berrador inicia a sua azucrinação na rua atrás da minha casa, como já disse,
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- avança dois quarteirões,
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- vira à esquerda,
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- avança um quarteirão,
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- torna a virar à esquerda,
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- avança novamente dois quarteirões, passando agora na frente da minha casa,
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- dobra à direita, entrando na Av. Cel. Mendes, uma das principais e mais movimentadas da cidade,
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- avança outro quarteirão,
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- quebra à direita
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- e continua o seu trajeto - que já dura uma eternidade e que deve perdurar per seculae seculorum, amém! - nesse vai-e-vem punhetento, indo seguramente lá pra-puta-que-os-pariu, conforme o mapa maluco que fiz no Excel e que grudei logo aqui, óia só:
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Antes que o pestilento chegue a esse destino e até que ele dobre pela segunda vez à direita na Cel. Mendes, o som é audível da minha casa. Como desgraça pouca é bobagem, além do sem mãe e sem pai me acordar fora da hora que eu queria acordar em certos dias, aqueles quando fico até alta madrugada com a bunda colada aqui na frente do meu PC fazendo mapinhas, mesmo estando ainda deitado e de olhos fechados, meu subconsciente vai acompanhando a lenga-lenga aporrinhática dessa sinistrose musical até que depois de uma, duas horas ela desaparece.
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Se a minha situação nesses momentos me deixa por igual período com os tímpanos zunindo e meus pensamentos me deixando como doido varrido ao acompanhar a viagem da caminhonete, imagino como deve ficar o motorista, obrigado, certamente, a manter aquela geringonça ligada sobre ele o dia inteiro.
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Enfim, são coisas da vida. Ah! O meliante que praticou o assalto é um jovem conhecido por muitos do bairro, menos por mim, foi reconhecido e já deve estar vendo o sol nascer quadrado.
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Cacete! Acho que esgotei todo o meu estoque de palavrões, pragas e invectivas. Pacença!
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I bibida prus músicus!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Como chegar bêbado em casa

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Método errado:

1. Tirar os sapatos antes de entrar;

2. Subir a escada sem fazer barulho;

3. Tirar a roupa no banheiro;

4. Entrar no quarto bem devagarinho.

Resultado: A tua mulher, te esperando acordada, te enche de porrada!
o
Método certo:

1. Chegar cantando pneu, dando aquela freada escandalosa;

2. Bater a porta do carro violentamente;

3. Bater a porta de entrada da casa também de forma violenta;

4. Ao entrar na casa, xingar bem alto: "- Vá pro caraio, seu fia-da-puta!"

5. Subir a escada pisando forte, chutando o corrimão;

6. Tirar a roupa e os sapatos e jogar tudo contra a porta do armário;

7. Pular na cama e falar:

"- Amor, hoje eu quero comer teu cú!"

Resultado: Ela finge que está dormindo.
o
I bibida prus músicus!

- Pesquei aqui, ó!

Mais tortas - De 17 a 24

Minha taxa de glicose hoje está em 135,oo mg/dl.
Anormal, mas legal! Dá prá comer uns dois pedaços!
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Chocolate Oreo Cake
o

Chocolate Mousse Cake
o

Chocolate Fudge Cake
o

Chestnut Fresh Cream Cake
o

Cherry Crumble
o

Carrot Cake
o

Caramel Chesse
o

Cappuccino Cake
o
- Créditos, mais informações e tortas de 01 a 08, aqui, ó!
o
- Tortas de 09 a 16, às aqui, ó!
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I bibida prus músicus!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Família não é uma empresa ou como catar coquinhos

Porque gostei muito deste texto, resolvi copiá-lo integralmente.
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o
Fabrício Carpinejar
o
Estava na mesa-redonda da Bienal do Livro do Rio de Janeiro.
o
Ouvi atentamente a palestra de Içami Tiba, colega de painel, que falou de modo elétrico, seguro e convincente.
o
É um orador no estilo de grande auditório, conciliando humor com exemplos.
o
Mas, em algum momento, ele disse: "A família é como uma empresa."
o
E aquilo me incomodou profundamente. Aquilo me arrancou a audição.
o
"É na família que forjamos vencedores. Se os filhos não obedecem, não fazem nada, têm preguiça para qualquer coisa, não ficariam numa empresa, é o mesmo processo."
o
Caso meu avô Leônida escutasse isso, soltaria um de seus xingamentos prediletos: "Vai catar coquinho e deixar de ser besta".
o
A família não é uma empresa. Nem deve ser. Não vou demitir ninguém em casa. O pai ou a mãe não é o que queremos deles, mas o que eles podem oferecer.
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Estou de saco cheio de ouvir que uma família deve trazer rentabilidade, organização e competência. A cobrança não fixa um lar.
o
Na minha residência, cada um tinha uma tarefa. Mas não era uma empresa, ou uma cooperativa. Não fui promovido. Não esperava cargos de confiança. Os irmãos me continuavam.
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Quando fui demitido uma vez do serviço, expliquei para minha filha de 4 anos o que havia acontecido.
o
"O trabalho não me quis mais."
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Ela respondeu bem calma:
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"São bobos, fique calmo, será meu pai sempre.
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"Eu dependo de um lugar para falir na minha vida. Deixe-me ao menos a família. Eu posso perder tudo, menos a família. A família é meu despertencimento, a adoração dos telhados, o avental no gancho da cozinha. Nem Deus, nem seus capatazes tiram aquilo que foi desejo. Podem subtrair minha memória, mas guardarei o desejo fora de mim. Em minha mulher.
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A família é o único lugar em que continuaremos vivendo sem a expectativa de acertar. Mente-se diante da agenda, não de um prato de comida. Precisamos de um espaço para falir, para errar e debruçar-nos em nossas fraquezas. Já tenho que ser funcional no emprego, no lazer, nas relações com os outros. E agora a sugestão é que trabalhemos também na família. Isso é exploração infantil, isso é jornada dupla, isso é transformar elos naturais em conexões automáticas.
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A família depende de uma única coisa: a intimidade. E intimidade não é emprestada, intimidade é não pedir de volta.
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A família é o único lugar que me permite ser verdadeiro. É o único reduto de autenticidade. Não vamos colocar a competição dentro dela. Ou encher os nossos filhos de horários e de obrigações para que não pensem bobagens. Eles carecem das bobagens para escolher seus caminhos. Ser ocupado não nos torna importantes; não nos torna responsáveis. Envelhecer é se desocupar para a amizade.
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Quando pequeno, não fiz natação, não fiz inglês, não fiz informática, não fiz o raio-que-parta. Eu tinha o tempo livre depois da escola e jogava futebol com os colegas, roubava frutas e brincava na casa dos vizinhos. Voltava para a casa quando a mãe gritava: "tá na mesa!". A infância é própria para a vadiagem. Quando iremos vadiar de novo?
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Se a família é uma empresa, um dia os filhos vão pedir demissão, um dia o pai e a mãe vão se aposentar, um dia os tios vão pedir concordata, um dia o genro vai desviar recursos.
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Na família, os laços são eternos e não provisórios como uma empresa. Família não é trabalho, família é experiência. E nunca haverá perdedores na família, mas irmãos e filhos e pais. Eles são a família, não um referencial de realização.
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Essa exigência de sucesso na família implica em não aceitar os perdedores. O que são os perdedores senão os mais sensíveis à pressão? Por isso, famílias se assustam com os problemas e escondem filhos alcoólatras, drogados e doentes em clínicas. Sofrem com a cobrança pública. Temem a exposição de seus defeitos. Família é ter defeitos, é ter fantasmas, é ter traumas. Frustração é não contar com uma família para se frustrar. Família é compreensão, não um acordo.
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Não temos que alimentar vergonhas de nossas vergonhas. Família é onde tiramos os sapatos e deitamos os casacos. Não promoverei reunião-almoço na minha sala. Não afastarei um parente pela malversação. Não solicitarei a restituição das mesadas. Não exigirei que minha filha escolha Medicina ou Direito pela estabilidade. Não condiciono minha paixão a resultados.
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Um patrão nunca será um pai. Não procuro disciplinar meus filhos, o amor é a mais suave disciplina. E o abraço é a minha desordem.
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- Fabrício Carpinejar é poeta, escritor, jornalista e mestre em Literatura Brasileira pela UFRS. É filho de Carlos Nejar, também poeta.
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- Obrigado, Fabrício, por me permitir a publicação da sua criação no meu blog.
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I bibida prus músicus!
o
- Obrigado, Francine, por me ter mandado o email e permitido que eu descobrisse o Fabrício!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Uma festa de Natal em certa empresa

Todo ano é a mesma coisa: nunca é possível agradar a todos.
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Dizem que aconteceu de verdade numa empresa em São Paulo. Leia até o final!
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Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS
Data: 01 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
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Tenho o prazer de informar que a festa de Natal da empresa será no dia 23 de dezembro, com início ao meio-dia, no salão de festas privativo da Churrascaria Grill House. O bar estará aberto com várias opções de bebidas. Teremos uma pequena banda tocando canções tradicionais de Natal...Sinta-se à vontade para se juntar ao grupo e cantar! A árvore de Natal terá suas luzes acesas às 13:00. A troca de presentes de amigo secreto pode ser feita a qualquer momento, entretanto, nenhum presente deverá exceder R$20,00, a fim de facilitar as escolhas e adequar os gastos a todos os bolsos.
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Boas festas para vocês e suas famílias,
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Patrícia
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Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS
Data: 02 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
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De maneira alguma nosso memorando de 01 de dezembro pretendeu excluir nossos funcionários judeus! Reconhecemos que o Chanukah é um feriado importante e que costuma coincidir com o Natal, mas isso não aconteceu este ano. De qualquer forma, passaremos a chamá-la de "Festa de Final de Ano". A mesma política se aplica a todos os outros funcionários que não sejam cristãos e àqueles que ainda celebram o Dia da Reconciliação.
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Não haverá árvore de Natal. Nada de canções de Natal nem de coral. Teremos outros tipos de música para seu entretenimento.
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Felizes agora?
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Boas festas para vocês e suas famílias,
o
Patrícia
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Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS
Data: 03 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
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Com relação ao bilhete que recebi de um membro do Alcoólicos Anônimos solicitando uma mesa para pessoas que não bebem álcool... Você não assinou seu nome! Fico feliz em atender o pedido, mas se eu puser uma placa na mesa "Exclusivo para AA", vocês não serão mais anônimos... Como faço então?
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Não será permitida mais troca de presentes , uma vez que os membros do sindicato acham que R$20,00 é muito dinheiro e os executivos acham que $20,00 é muito pouco para um presente.
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Então, NENHUMA TROCA DE PRESENTES SERÁ PERMITIDA, certo?
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Patrícia
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Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS
Data: 07 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
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Eu não sabia que no dia 20 de dezembro começa o mês sagrado do Ramadan para os muçulmanos, que proíbe comer e beber durante as horas do dia. Talvez a Churrascaria Grill House possa segurar o serviço de bufê até o fim do dia - ou então, embalar tudo para que vocês levem para casa nas marmitas. O que vocês acham disso?
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Novidades: neste meio tempo, consegui que os membros do Vigilantes do Peso sentem o mais longe possível do bufê de sobremesas; as mulheres grávidas devem se sentar o mais perto possível dos banheiros; teremos assentos mais altos para pessoas baixas e comida com baixa-caloria estará disponível para os que estão de dieta.
o
Nós não podemos controlar a quantidade de sal utilizada na comida. Desta forma, sugerimos para estas pessoas com pressão alta provar o gosto primeiro.
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Haverá frutas frescas de sobremesa para os diabéticos. O restaurante não dispõe de sobremesas sem açúcar.
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Nossas profundas desculpas.
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Esqueci de alguma coisa?
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Patrícia
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Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS FILHOS DA PUTA QUE TRABALHAM NESTA EMPRESA
Data: 08 de dezembro
Assunto: Festa de Natal DO CARALHO
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Vegetarianos!?!?!??! Sim, vocês também tinham que dar sua opinião de merda ou reclamar de alguma coisa!!! Nós manteremos o local da festa na Churrascaria Grill House; quem não gostar, foda-se! Então, como alternativa, seus putos, vocês podem sentar-se quietinhos na mesa mais distante possível da tal "churrasqueira da morte" - como vocês se referiram de forma bastante depreciativa ao utensílio. E vocês terão também sua mesa de saladas de merda, incluindo tomates hidropônicos da casa do caralho & arrozinho grudento pra comer de pauzinho. Aqueles que, naturalmente, ainda não gostaram, podem enfiar tudo naquele lugar.
o
Ah, espero que vocês todos tenham uma bosta de festa de final de ano! E que dirijam muito, muito bêbados e morram todos, todinhos esturricados por aí.
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Escutaram?
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A Vaca, diretamente da puta que os pariu.
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Dr. Pacheco - Diretor de Recursos Humanos INTERINO
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS
Data: 10 de dezembro
Assunto: Patrícia Gomes e Festa de Final de Ano
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Tenho certeza que falo por todos desejando para a Patrícia um rápido restabelecimento para sua crise de stress. Por conta deste fato, a diretoria decidiu cancelar a Festa de Final de Ano e dar folga remunerada para todos na tarde do dia 23 de dezembro.
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Boas Festas,
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Victor.
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I bibida prus músicus!
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- Brigado, Gládys!

É Natal! É Natal! Sinos de Natal!

O Natal é uma merda! - Em principio, é assim que penso.

De uma maneira menos catastrófica, também penso como o Ery Roberto nas suas lamúrias sobre o Natal, quando ele passa a sofrer de uma doença chamada pelo nome de dezembrite, conforme ele revela no seu blog com a crônica Carta à Mãe.

Nela, o Ery nos fornece dois links, sendo que o primeiro nos remete ao blog do Jayme Serva, criador do termo dezembrite, doença que atinge os humanos e cujos sintomas ocorrem nesta época natalina, sendo brilhantemente explicados na sua crônica intitulada A epidemia volta.

No segundo link, o Ery nos encaminha ao blog do Lord Broken Pottery que também nos brinda com um lindo post nomeado de Coral de Natal, envolvendo-nos igualmente com as festas natalinas, deixando transparecer, sem o declarar textualmente, que também sofre dessa tal de dezembrite.

Três crônicas sobre o Natal, tão espetaculares quanto os seus criadores, que em seus escritos se utilizam de uma fluidez e objetividade adequadas ao momento ou à época por que estamos passando, usando, em determinados momentos, de uma candura sublimada para decifrar um sentimento de nostalgia sobre essa festa, e por outro, de um sentimento diferente, oposto àquele, onde a alegria que deveria ser própria do Natal fica parecendo àquela “forçada no carnaval, onde todos temos quase que a obrigação de ser alegres, festivos e rebolantes, incomodando mais que o Natal” (Valter Ferraz, aqui, ó!).

Essa citação é de um comentário de um visitante ilustre numa das três crônicas em pauta. E nos comentários – totalizando 83 nas três crônicas até o momento - residem, seguramente, palavras tão próprias delas, não propriamente delas, que nos levam a descobrir que o mundo está repleto de dezembritíticos (Essa quem criou fui eu. Olha lá, hem!), onde palavras e expressões como tristeza, mágoa, dor, resignação, irritabilidade, banzo indefinido, solidão, alienação, aflição, constrangimento, inflamação da sensibilidade provocada pelo Natal, constrangimento, alienação voluntária, depressão profunda compulsória, exumação de um sentimento interior e outras que tais são bastante comuns. Se por um lado são palavras ligadas às lamúrias contidas nas três crônicas, por outro, as suas inserções no contexto são perfeitamente coerentes e simplesmente transformam a leitura de todos os posts – crônicas e comentários – em momentos de pura magia.

Senão, vejam este outro: “Natal só tem graça quando se é criança ou quando se tem filhos pequenos. De resto, é só uma encheção de saco e uma overdose de estupidez e cafonice” (Marcio Gaspar, aqui, ó!). O mesmo comentarista completa em seguida: “Opa! Salva-se a comilança...”

Um outro: “P.S.- Tu não achas que o Natal acabará como um Dia da Criança, uma coisa meio sem graça? Não noto nenhuma magia em meus filhos. O Natal, na minha época, era algo aguardado, um acontecimento, uma data que eu esperava com a maior ansiedade. Qualquer marketing excessivo é nauseante. Hoje, o Natal é chato e nem digo mais Feliz Natal, só me refiro ao Ano Novo.” (Milton Ribeiro, aqui, ó! Navegue nos comentários que encontrará o dele.)

Cheguei mesmo a copiar um comentário numa das três crônicas dizendo que "Natal é coisa de viado.", porém, ao escrever algumas destas mal traçadas linhas, demorei-me um pouco e quando voltei ao post para linká-lo, eis que ele não estava mais lá. Foi pro espaço, com acento agudo e tudo!

Claro que existem comentários de pessoas que têm o anti-virus da dezembrite por natureza e que não deixaram de expressar as suas opiniões inversas ao mote das três crônicas, transformando tudo num bate-papo elegante e, porque não dizer, repleto de um humor extremamente refinado.
o
Também sofro do raio dessa dezembrite e faço coro com todos os que se lamuriam a respeito, desde os criadores das crônicas até os comentaristas.

Assim pensava eu até ontem à noite, com toda a família reunida, quando meu filho Magno e sua esposa Lígia, que estão de passagem por Resende e antes do Natal partem para São João Del Rey, terra da família dela, distribuíram antecipadamente seus presentes aqui em casa, iskrusivi pra mim.

Até então não havia pensado em presentear ninguém e, como conseqüência dessa ausência de disposição, não havia comprado nada, nadinha mesmo de presentes, seja para quem quer que fosse. Afinal, todos os que me conhecem sabem perfeitamente que soy hombre macho pra caramba, porém, não extremamente rígido nas minhas convicções a ponto de deixar de remover ou modificar algumas delas se a réplica, mesmo visual, for convincente, tanto fazendo que seja na forma de uma emoção, grande ou pequena. Nesse momento, presenciando meu filho e sua esposa demonstrando não um costume criado pelas forças de mercado mas sim uma exteriorização de seus sentimentos mais profundos para conosco, me derreti todo e foi tudo uma alegria só. O que era lamúria transformou-se em festa, em abraços e beijos e resolvi que no dia seguinte – hoje - deveria partir para as compras e aí, não visando somente os dois mencionados, porém, toda a família. Porque, se dá pra um, tem que dar pra todo mundo, senão é aquela ciumeira desgraçada.

Aí, conversando com o meu amigo Tóia, nosso pensador aqui do bairro do Manejo, sobre esse assunto, ali no meu botequim da também minha esquina, ele me saiu com esta:

- Óia aqui, Norival. Esse negócio de dezembrite é tudo papo-furado, por que todos os que gemem e choram por causa das dores dessa doença são os primeiros a soltar foguetes no momento inesperado em que são presenteados por um ente querido, podendo ser parente ou não, fazendo com que a moléstia desapareça como por milagre, virando crianças novamente. Na realidade, essas pessoas são como o abacaxi (a bromeliácea, mesmo!) que por fora é todo espinhudo, como as palavras que elas dizem sobre a dezembrite, mas por dentro, ah! por dentro são doces e perfumadas como os seus corações, espelhos das suas almas.

E olhem que estamos na época da safra de abacaxis!

Como estou? Ora, curado da dezembrite e de novo totalmente impregnado do espírito natalino que o pedófilo do Papai Noel tanto gosta.

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Este artigo é uma modesta homenagem a quatro personagens: em primeiro lugar, ao meu amigo virtual Ery Roberto que com sua crônica Carta à Mãe ia me levar a postar apenas um pequeno comentário sobre ela. Aí, logo no início dela ele me deu um empurrão e fui cair na crônica do Jayme Serva. Mais um empurrão e caí na crônica do Lord Broken Pottery. Aí, lendo todos os comentários das três crônicas, achei a picada no meio da mata que me conduziu a escrever o que escrevi aí pra cima. Até então, eu estava enroscado no meio de um cipoal de idéias sobre o tema natalino, mas sem qualquer concatenação uma com a outra. E eu queria porque queria escrever algo sobre o tema natalino. Assim, com suas respectivas crônicas, esses três blogueiros me ajudaram a enfiar o fio na bunda da agulha. A esses dois últimos blogueiros estendo, portanto, as minhas homenagens.

E finalmente, em quarto lugar, homenageio a todos os comentaristas das crônicas saboreadas daqueles três monstros da palavra, que com seus pensamentos sobre a dezembrite, transformados em belos escritos, possibilitaram que eu fizesse o que fiz.

Um outro proveito – Grandioso! - foi conhecer alguns blogs que a partir de hoje passam a enriquecer as “Fontes de onde bebo”, embutidas no elemento de página da coluna da direita do meu blog.

Desejo a todos os meus visitantes um Feliz Natal, um próspero Ano Novo, um big Carnaval e uma animada festa junina, com prorrogação para as festas julhinas. No Natal de 2008 voltamos nessa mesma arena, combinados?

I bibida prus músicus!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Marta - A melhor do mundo no futebol em 2007

A Marta é foda!
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Eleita pela FIFA, pela 2ª vez consecutiva, a melhor jogadora de futebol do mundo em 2007.
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I bibida prus músicus!

Buru - O melhor do mundo no futebol de areia em 2007

O Buru é foda!
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Eleito pela FIFA o melhor jogador de futebol de areia do mundo em 2007.
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I bibida prus músicus!

Kaká - O melhor do mundo no futebol em 2007

Kaká é foda! Fez do Milan Campeão do Mundo.
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Kaká é foda outra vez! Eleito pela FIFA o melhor jogador de futebol do mundo em 2007!
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Mas, junto com uma cambada de mercenários, ficou devendo a Copa do Mundo de 2006.
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I bibida prus músicus!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Chinês simplificado

Aprenda chinês de modo rápido e fácil.

Simplesmente incline a sua cabeça para a direita.


I bibida prus músicus!

- Capturei aqui, ó!

Mais tortas - de 09 a 16

Proibidas para diabéticos? Vão pro inferno, cacete! Sem perseguição!
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Mocha Cheese Cake
o

Green Tea Fresh Cream Cake

o

Green Tea Cheese Cake

o

Double flavor Butter Cake

o

Devil's Food
o

Coffee Crunch Cake

o Coconut Fresh Cream Cake
o Chocolate Souffle Cake
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- Créditos, comentários e tortas de 01 a 08, aqui, ó!
o
I bibida prus músicus

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Um repórter da TV Rio Sul

Esse repórter Adriano Lizareli, também apresentador-chefe do noticiário local do RJ-TV, da TV Rio Sul, praticamente uma repetidora dos sinais da Globo, quando apresentou hoje aquele programa ao vivo, na rua, antes da Ana Maria Braga, deveria ter achado um mote diferente para indagar às pessoas, trauseuntes, algo concernente ao momento, ao local.

Ora, bosta! Ou, macacos me mordam! No momento da sua intervenção, vejam só, o céu estava nublado, não se via nem o maciço das Agulhas Negras, a previsão do tempo indicava chuva para o dia inteiro na nossa região e o bocal, imbecil, idiota, despreparado e outros adjetivos depreciativos perguntava na maior cara de pau:

- Meu senhor, por favor, o senhor usa guarda-chuvas para se proteger do sol? Costuma usar algum protetor solar quando se expõe ao sol?

E olha que ele falava sério, mesmo!

E não é que logo depois dele sair do ar, ir pra puta-que-o-pariu, baixou o maior toró por estas bandas!

Nos proteja Patinciço!

I bibida prus músicus!

A guerra pelos céus na Ásia

Sob esse título, o jornalista e escritor Gilberto Scofield publicou no seu blog no Globonline em 4 de outubro passado um post onde ele dá uma esmiuçada funda nessa lenga-lenga de quem terá ou fará o prédio ou a torre mais alta do mundo, com publicação de algumas das doze fotos que andei colando por aqui, porém com tomadas panorâmicas mais espetaculares do que as minhas.
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Senão, vejam esta aqui, com destaque para a torre Burj Dubai, em Dubai (Emiratos Arabes Unidos):
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Para os amantes ou interessados por arquitetura, ou mesmo para quem vive dela, sugiro uma navegadinha até o blog do Gilberto. Mesmo sendo conhecedor do assunto, alguma notícia nova sobre essa atividade poderá não ser ainda do seu conhecimento.

Para mim, mesmo não sendo engenheiro ou arquiteto, mas um grande admirador de grandes construções, admiração motivada pela minha vivência profissional na área técnica, na qual trabalhei durante trinta anos, e após ter concluído a série de posts neste blog sobre as torres mais altas do mundo, causou surpresa a apresentação nesse post do Gilberto das Guangzhou Twin Towers, a serem erigidas em Cantão, na China, com 400 metros de altura, e cujos desenhos já são considerados um dos mais arrojados do mundo para prédios gigantes. Eu achei simplesmente esquisita. Senão, veja você mesmo aqui embaixo.



I bibida prus músicus!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Manchetes malucas de jornais

FRASES PUBLICADAS EM ALGUNS JORNAIS NOS ÚLTIMOS MESES:

"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano." (Na cova?)
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"Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente." (O frio não estava filiado ao sindicato grevista, dai...)

"Os sete artistas compõem um trio de talento." (Hã?)

"A vítima foi estrangulada a golpes de facão." (Uma nova modalidade de estrangulamento.)

"Os nossos leitores nos desculparão por esse erro indesculpável." (De modo algum!)

"No corredor do hospital psiquiátrico os doentes corriam como loucos." (Naturalmente......)

"Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva." (Jura?)

"Parece que ela foi morta pelo seu assassino." (Não diga!)

"O acidente foi no triste e célebre Retângulo das Bermudas." (Gente, até ontem era um triângulo! Vai ver que qualquer dia inventam o CÍRCULO DAS BERMUDAS...)

"O velho reformado, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, se suicidou ." (Seria a volta dos mortos-vivos?)

"A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço." (Que aberração!)

"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes." (Água no além para purificar as almas...)

"O aumento do desemprego foi de 0% em novembro." (Onde vamos parar desse jeito?)

"O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos." (Quanta confusão!)

"Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio, trata-se de um incêndio." (Ah, bom! achei que fosse um churrasco!)

"Na chegada da polícia, o cadáver se encontrava rigorosamente imóvel." (Viu como ele é disciplinado?)

"O cadáver foi encontrado morto dentro do carro." (Sem Comentários)

"Prefeito de interior vai dormir bem, e acorda morto." (Acorda?)

“Matou a cunhada com a tampa da privada enquanto esta urinava. A vítima tentou se defender utilizando um urinol de louça, tendo sido infrutífera a sua tentativa de sobrevivência.” (Não! essa não é de nenhum jornal! E minha mesmo! Você sabe como são os nossos momentos de criação, inesperados, inusitados, e essa criei em 1970).

I bibida prus músicus!

- Brigado, Neide!

A torre mais alta do mundo - 1º lugar




Bionic Tower

Lugar : Shanghai (China)

Altura : 1228 metros
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Número de pisos : 300
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Conclusão prevista para 2020.

Na realidade, trata-se de uma cidade vertical para cerca de 100.000 pessoas onde, além de comércio e serviços, haverá também habitações.
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I bibida prus músicus!

O Jô

Como tem andado ruim o pograma do Jô Soares, quanta mediocridade ele tem entrevistado!

Está uma merda!

Nota 2, numa escala de 0-10

I bibida prus músicus!

Jogo premiado

Vejam só a minha cagada!

Raramente faço ou participo de jogos de qualquer natureza. Não é do meu feitio! Entretanto, havia um comprovante de jogo da Dupla Sena que eu havia feito há algumas semanas, perdido no meio da bagulhada existente na gaveta do rack do meu PC e que eu tinha preguiça de conferir ali no Sortudo, a 300 metros da minha casa.

Tava ele lá na gaveta, rolando prum lado, rolando pru outro, algumas vezes por cima da bagulhada, outras vezes por baixo.

Lembro-me que foi um jogo errado que realizei. Explico: o que eu queria mesmo no dia em que o fiz era jogar na Mega Sena, que estava com um prêmio acumulado de mais de 40 milhões de reais, um pequeno motivo do meu escasso interesse em papar esses trocadinhos.

Porém, reafirmo, como apenas raramente jogo, desconheço certas particularidades dessas apostas por marcação de números e no balcão da loteca havia uma dezena de tipos diferentes de volantes de jogo, tudo do mesmo tamanho, cada qual com um monte de si mesmo na sua caixinha correspondente, tudo muito bem arrumadinho. Peguei qualquer um, sem ler, e marquei os 6 números.

Fui ao caixa, dei-lhe o volante e uma nota de dez reais. Ele fez o jogo e me devolveu o troco, perguntando em seguida: “- Não vai jogar também na Mega Sena?”

Só então, olhando para papel da aposta que ele fizera para mim é que me dei conta da minha furada. Eu havia jogado na Dupla Sena! E eu nem imaginava que existia essa opção! Emputeci-me silenciosamente comigo mesmo e devido ao referente acontecido (Aí, Fernando! Eu sabia que um dia ia usar essa jóia rara de expressão!) e polidamente lhe disse que eu já havia jogado na Mega Sena.

Muito que bem! Hoje cedo resolvi: na volta do super-mercado vou conferir esse jogo no Sortudo. Em lá chegando, deparo-me com três caixas: no primeiro, uma tabuleta que diz “Só para jogos” e uma pessoa que está sendo atendida, inexistindo fila; no segundo, nenhuma tabuleta, porém com uma fila de umas trinta pessoas dispostas a pagar suas contas de luz, água, IPTU, sei lá mais o quê; e, finalmente, o terceiro, com uma tabuleta onde se lia “Caixa exclusivo para idosos, grávidas e deficientes físicos”, com quatro cabeças brancas na fila que, somadas, dariam, tranqüilo, tranqüilo, uns 300 anos. Enrabichei nesta última. Quinze minutos se passaram e nada. Olhei para o primeiro caixa, que continuava no atendimento da mesma pessoa de 15 minutos atrás, sem formação de fila.

Aí, o criente desse primeiro caixa descola do balcão, vai embora e o atendente fica, logicamente, disponível. Mas, por incrível que apareça, ninguém da segunda fila se move em direção a ele. Como ele também servia ao meu propósito, diriji-me em sua direção mas, agora, outro engraçadinho também se dirige a ele. Como chego primeiro, o engraçadinho diz “-Pode ficar aí, ô meu, num tem pobrema!”. E assim se faz, não sem antes eu ter reconsiderado que o meu interlocutor era um cara muito bacana, gente fina mesmo!

E sem mais lenga-lenga, passo o meu canhoto da aposta para o caixa e peço-lhe “por favor” que ele confira o jogo. Ele dá umas digitadas na máquina dele, sai um papelzinho, ele olha rapidamente para ele, olha-me e diz; “-Você ganhou! Acertou a quadra. Quer receber agora? São R$ 58,65!”.

Como ele não foi muito discreto quando falou “-Você ganhou!”, todo mundo nas filas, iscrusive aquela que já se formava atrás de mim, ouviu isso, e ficou olhando para mim. E em todos os rostos pude notar a predisposição de um sorriso manhoso, ou curioso, na explosão da minha alegria ou no catiripapo no coração que eu poderia ter ali, naquele momento.

Mas qual! Antes de me pagar os R$ 58,65, o caixa me empurrou o bolão da casa da mesma Dupla Sena que corre hoje: 20 participantes, R$5,00/otário, prêmio acumulado de uns 5 milhões de reais.

Destino dos restantes R$ 53,65: Anonimato e segredo.

Óia o pagamento aqui, óia!


I bibida prus músicus!