sábado, 7 de julho de 2007

Fragmentos




Eu sou aquela mulher
que fez a escalada da montanha da vida
removendo pedras e plantando flores”.
Cora Coralina, poetiza

"Você já foi ousada; não permita
que a amansem”.
Isadora Duncan, bailarina

“Há dois tipos de pessoas:
as que fazem as coisas
e as que ficam com os louros.
Procure ficar no primeiro grupo:
há menos competição lá”.
Indira Gandhi, estadista

“Aprendi com as primaveras
a me deixar cortar
para poder voltar inteira”.
Cecília Meireles, poetisa

“Amor é como mercúrio na mão.
Deixe a mão aberta, e ele permanecerá;
agarre-o firme, e ele escapará”.
Dorohty Parker, escritora

"Você não pode escolher
como vai morrer ou quando.
Você só pode decidir como vai viver agora.”
Joan Baez, cantora

“Dai-me Senhor,
a perseverança das ondas do mar,
que fazem de cada recuo
um ponto de partida
para um novo avanço”.
Gabriela Mistral, poetisa

“Quem não sabe chorar de todo o coração
também não sabe rir”.
Golda Meir, estadista

“Nunca se deve engatinhar
quando se tem o impulso de voar”.
Helen Keller, escritora e educadora

I bibida prus músicus!

Brigado, Francine!

Paranauêêêê, Paranauêêêê, Paraná!

Nunca me interessei por capoeira. Poucos foram os momentos que “perdi” olhando grupos se apresentando em praças de outras cidades ou no calçadão de Resende, minha cidade, sempre dando os seus shows nas manhãs de sábados.

(É isso mesmo, ô meu! Aqui também temos calçadão e um shopping center. Tá pensando o quê?).

Tinha de acontecer de me interessar por esse esporte num vídeo que caiu na minha tarrafa e que foi realizado em Vancouver, no Canadá, lá na puta-que-pariu! Originada da África, existindo fortes referências de Angola, se constituía, originalmente, numa simples, porém terrível arte marcial, praticada pelos escravos para facilitar as suas fugas e sendo considerada como "coisa de vagabundo” pela sociedade, de modo geral. Eu a confundia como uma simples dança regional da Bahia. Em verdade, em verdade vos digo que são quatro vídeos que resumem nuns 40-50 minutos todos os seus fundamentos, passos, contra-ataques e golpes, tais como a rasteira, a meia-lua, e por aí vai.

Na mesma página de apresentação desse vídeo, embaixo e ao lado da telinha, existe a indicação de centenas de vídeos brasileiros e de várias partes do nosso moribundo planeta sobre capoeira. Resultado: passei umas quatro horas navegando por vários deles, principalmente nos brasileiros, cujos patrícios se mostram feras em exibições que ultrapassam os limites do fantástico. Linhás, nos vários vídeos estrangeiros existe uma unanimidade que não deixa de passar desapercebida: em todas as escolas dedicadas a essa arte, todos os mestres capoeiristas são brasileiros!

O vídeo que indiquei acima e os outros que dão continuidade ao mesmo mostram como acontecem defesas e ataques durante uma luta, mas, por serem pedagógicos, meio na câmera lenta, deixam de mostrar o que aconteceria numa luta real. E aí o bicho pega, tal a velocidade com que os respectivos movimentos são realizados e que podemos imaginar vendo os vídeos das apresentações de brasileiros.

A história dessa arte, transformada num esporte genuinamente brasileiro, baiano, nos moldes como está estruturado atualmente, se deve ao baiano, lógico, Manuel dos Reis Machado (1900-1974), conhecido como Mestre Bimba, praticante de capoeira desde os doze anos de idade.

Foi no ano de 1929 que ele resolveu desenvolver um estilo diferente da capoeira trazida pelos escravos oriundos de Angola, considerada por ele como lenta e ineficiente, hoje conhecida apenas como capoeira antiga, com suas tradições regionalizadas na ocasião no Rio, Bahia, Recife, São Luís, etc. Para isso, ele fez a junção do batuque com aquela arte marcial, introduzindo novos golpes, ao que acrescentou o berimbau como uma dos elementos indeléveis da capoeira, considerado mais como elemento excitador do lutador do que um marcador de compasso e que, diga-se de passagem, é, na atualidade, o símbolo maior da Bahia. Antes da sua inclusão na capoeira, nos idos da capoeiragem velha do Recôncavo, os sons que acompanhavam as exibições eram feitos pela viola e pelo pandeiro. Surge, então, a moderna capoeira regional que ano a ano vem sempre desenvolvendo mudanças mais eficientes como forma de arte marcial ou esporte.

Assim, Mestre Bimba sagra-se como o criador, o pai da moderna capoeira, hoje marca registrada do Brasil e conhecida nos quatro cantos do mundo. Antes de Mestre Bimba, a luta era ilegal, passível de punição pelo Código Penal, discriminada pela burguesia como coisa de malandro, de escravo fujão. Os capoeiristas sequer sonhavam em sobreviver dessa manifestação popular, o que só foi revertido 1932, depois que ele a registrou como Centro de Cultura Física Regional, localizada no Bairro do Pelourinho, em Salvador.

Mestre Bimba porém, não estava sozinho, pois, apesar de jamais ter tido um intelectual de porte capaz de dar crédito no mundo dos letrados, e este teria sido um dos fatores explicativos do preconceito que se formou contra ele e a capoeira, ele respirava o debate intelectual sobre a capoeira que emanava do Rio de Janeiro.

Bimba e sua Capoeira Regional representaram um dos grandes momentos de afirmação da nova identidade negra em construção no século 20, conjuntamente com as Escolas de Samba no Rio de Janeiro e a Frente Negra em São Paulo. Nada mais justo!

No final da vida, exilado por conta própria em Goiânia e esquecido por todos, caiu em depressão e morreu na miséria, enfartando depois de comandar sua última roda de capoeira. Desde 1978, seus restos mortais estão em Salvador, sua terra natal, depois de ter sido enterrado como indigente no Estado de Goiás. Deixou 13 filhos, centenas de alunos, milhares de discípulos e um lema: "Capoeira é a arte do bem-viver."

Em 12 de Junho de 1996, a Universidade Federal da Bahia concedeu, por unanimidade, o título de Doutor Honoris Causa a Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba).

Virei fã! Um pouco atrasado, mas suficiente para ir em algum próximo sábado apreciar no calçadão de Resende o show dos capoeiristas resendenses e quiçá, em face dos conhecimentos adquiridos, bater palmas ou meter o cacete! Verbalmente, numa boa, porque os golpes que eles desferem podem ser mortais!

O título que dei a este post é o refrão de uma música comumentemente cantada numa roda de capoeira e está inserida a partir de 05’:30” do início da apresentação do primeiro link deste post.

I tragam u birimbau pra genti cantá Paranauêêêê, paranauêêêê, Paraná i bebê cus músicus!

Cazuza, um péssimo exemplo

Recebi esta mensagem, com cujos termos concordo totalmente, por ser pai e ter, junto com minha esposa, Luísa Maria, criado dois filhos maravilhosos, o Magno e o Gustavo, os quais nunca foram acorrentados ou amordaçados por nós, porém, sempre estiveram sob a nossa vigilância.

Uma mãe, após ter visto o filme Cazuza, escreveu:

"Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora: as pessoas estão cultivando ídolos errados.

Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?

Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele foi, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo/errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos.

A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.

São esses pais que devemos ter como exemplo?

Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora.

Temos vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou não têm algum conhecido importante. Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitindo que ele trouxe drogas da Inglaterra, ato de um verdadeiro criminoso.

Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.

Fiquei horrorizada com o culto que fazem a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.

Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá IBOPE, não rende bilheteria?

Como no comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.

Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi conseqüência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissessem NÃO, quando necessário?

Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor. Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser amigos de seus filhos.

Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é e sempre será o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre."

Karla Christinne Gurgel, Psicóloga Clínica

° ° ° ° ° ° ° ° ° °

- I bibida prus músicus!
o
------------------------
o
Update em 08.09.07:
o
Correção na minha introdução do post: Deixo de concordar totalmente com a crônica da Sra. Karla Christinne Gurgel , pois acho que os pais devem, sim, apoiar seus filhos ao encontro da sua vocação.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Meu avançar nos anos

É isso aí, amigos!

Putz grila! Cheguei quase na metade do meu tempo de validade!

Agora, é aproveitar o restinho!















I bibida prus músicus!