sexta-feira, 4 de maio de 2007

Q u a s e

Na vida nada acontece por acaso. O que você faz hoje, pode fazer a diferença em sua vida.
Luiz Fernando Veríssimo
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um "quase". É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata, trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga; quem quase passou ainda estuda; quem quase morreu está vivo; quem quase amou, não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que perdemos por medo, nas idéias que nunca sairam do papel - por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna. Ou melhor, não me pergunto, testo! A resposta eu sei de cor: está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom Dia" quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até de ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, para sentir o nada. Mas, não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance para as coisas que não podem ser mudadas; resta-nos somente paciência. Porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão; para os fracassos, chances; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu!
I bibida prus músicus!

Para você dormir tranqüilo por muito tempo

Apesar do tamanho da hidrelétrica de Três Gargantas, na China, que está em obras, Itaipu continuará sendo, por muitos anos, a maior hidrelétrica do mundo em produção de energia.

Itaipu já superou a marca de 93,4 bilhões de kWh/ano, enquanto que a previsão para Três Gargantas é de produzir 84 bilhões de kWh/ano com suas 26 máquinas de 680 mW cada - 20 mW a menos do que as máquinas de Itaipu, que têm 700 mW cada.

Embora com potência instalada menor do que Três Gargantas e com oito unidades geradoras a menos, Itaipu tem um rendimento maior do que o especificado no projeto da hidrelétrica chinesa.

E esse recorde só será mantido porque a natureza está do nosso lado. A vazão do rio Paraná é mais estável do que a do Rio Yang-tse, onde Três Gargantas está sendo construída. E as águas do Rio Paraná são reguladas pelas dezenas de usinas que existem acima de Itaipu.

Da série Porque me ufano do que mesmo?, da coleção do blog Pouco ou Quase Nada.

I bibida prus músicus!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Jô Soares x Marcelo Crivella

No programa de hoje, creio que o Jô vacilou de maneira notável, por que não estava, não foi ou não é preparado para enfrentar o embate com um político experiente e mestre na oratória que, numa de suas facetas mais espetaculares, ela, a oratória, oferece condições para que se domine a conversa com argumentos sólidos e consistentes. Pra mim, ele perdeu feio para o Senador-Bispo Marcelo Crivella!
Pra quem não viu: semana passada, o Jô fez uma crítica ao projeto de lei de autoria do Senador, que modifica a Lei Federal de Incentivo à Cultura, a chamada Lei Rouanet, o que fez polidamente, como é do seu estilo, mas defendendo humildemente a sua sardinha – atores e diretores de teatro e os próprios teatros, obviamente. Não me lembro de tê-lo ouvido protegendo cantores, sanfoneiros, gaiteiros e outros profissionais semelhantes.

Ele não sabia, entretanto, que havia cutucado a onça com vara curta!

E hoje, em dois blocos, o entrevistado foi o próprio Marcelo Crivella, obrigado que deve ter sido o Jô por causa da lei do direito da resposta.

E o que se viu, segundo a minha opinião, foi um primeiro bloco de quase total constrangimento para o Jô, ao ser embrulhado ao gosto do e pelo Senador, que explicou que o seu projeto de lei incluía apenas a expressão “igrejas históricas” no Artigo 1°, Parágrafo III, Alínea a). Este aqui em baixo, ó:

° ° ° ° ° ° °
Art. 1º - Fica instituído o Programa Nacional de Apoio à Cultura - PRONAC, com a finalidade de captar e canalizar recursos para o setor de modo a:

III - preservação e difusão do patrimônio artístico, cultural e histórico, mediante:

a) construção, formação, organização, manutenção, ampliação e equipamento de museus, bibliotecas, arquivos e outras organizações culturais, bem como de suas coleções e acervos;

° ° ° ° ° ° °


E a inclusão da expressão “igrejas históricas” é para ser entendida como apenas àquelas relativas às edificações centenárias, mesmo, desde o descobrimento do Brasil, incluindo-se – aqui o senador pisou na bola! – os primeiros prédios da Igreja Metodista, da Igreja Presbiteriana, da Igreja Batista... quem sabe mais qual? Maçonaria, Rosa Cruz e centros de macumba também? E a inclusão daquelas edificações na Lei Rouanet visa apenas às suas manutenções: telhados, paredes, muros...

O Jô não percebeu essa tropicada do Senador e ela passou batida.

Porém, pergunto: se o prédio da primeira Igreja Metodista, digamos, for incluída nessa lei, por que também não os de todas as outras igrejas que foram erigidos ao mesmo tempo ou antes do que esse, de todas as religiões, não o poderão ser? Seria uma baita discriminação.

Mas o Jô deixou num comentário o motivo das suas orelhas estarem de pé com a proposta do senador em ampliar dita lei, dizendo, quase que subjetivamente, algo como da contumaz mania e facilidade que os políticos têm de sempre descobrirem brechas, em qualquer lei, e daí arranjarem algum jeito de abocanhar a "sua" parte (palavras minhas, pois não me recordo integralmente da sua fala).

Pra reforçar o seu argumento, o Jô mandou passar no telão depoimentos do ator Paulo Guarnieri (?) e de Bibi Ferreira que, para não fugirem da regra, não querem que outros malandros tirem sardinha das suas redes.

Mas para saber o que compositores, cantores e seguramente atores e diretores de teatros andam fazendo com a tal lei, dêem uma lida na matéria deste post, intitulada Pode não sobrar talento, mas falta vergonha, que capturei no blog Pouco ou Quase Nada, muito bom, antes que me esqueça.

Você vai cair duro ao conhecer a mamata de alguns de nossos ídolos! E tudo com o nosso dinheiro!

Durante o primeiro bloco, segundo o meu pernóstico raciocínio, o que se viu foi o Jô tentando encurtar o tempo para que o sufoco a que estava sendo submetido terminasse logo e o senador Crivella embrulhando-o como o peixeiro na feira enrola com jornal o nosso peixinho.

Já no segundo bloco o Jô começou digressionando sobre a infância do entrevistado e uma outra proposta sobre homosexualismo e suas variáveis, sei lá, pela qual o Senador anda batalhando e que, mal iniciado esse bloco, mudei de canal. E é parte desse bloco que o Jô mandou colocar em vídeo. Do primeiro bloco, nada!

Concluindo: segundo a minha visão, o Jô é o capitão de um dos programas mais interessantes da televisão brasileira e dono de uma memória e cultura espetaculares; pode ser ótimo como escritor, entrevistador, humorista, tocador de tamboretes, maestro, conhecedor de jazz, blues e outros ritmos; pode ter um sofisticado guarda-roupas com mais de quinhentos ternos; pode ser conhecedor da Europa e de New York , que ele diz visitar todo ano mas, como debatedor, é uma bosta!
PS: Iniciei a edição deste post de manhã, procurei referências na Internet e fui a um monte de blogs e sites, inclusive o do Jô. Voltei agora nele - já são 22:00 horas - para conferir e a parte que eu queria ver – todo o 2° bloco da entrevista – não está mais lá!
I Bibida prus músicus!

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Exame de Próstata

Um amigo meu, apelidado Carlão, que já era - Moleu! - e que deixou muitas saudades, não somente para mim e, estou seguro em afirmar, igualmente para as centenas de amigos que ele cativou e manteve aqui em Resende e no Rio de Janeiro, muito gozador quando em vida e sobre quem ainda vou escrever uma crônica saudosa e choramingosa para publicá-la neste espaço, me contou a seguinte historinha:

° ° ° ° ° ° °

“- Fui fazer exame de próstata, hoje de manhã. O urologista meteu o dedo sem preliminares e ainda me perguntou:

- Sente alguma coisa?

- Sinto que te amo...”

° ° ° ° ° ° °

Vou apresentar meu comentário sobre essa COISA MUITO SÉRIA PARA NÓS, HOMENS, que a levamos meio na gozação sempre que o assunto vem à baila, mas da qual temos um cagaço filho-da-puta, e, como já observaram, estou e vou utilizar umas palavras que guardo num saquinho de sal, com umas cem gramas do mesmo dentro, retiradas dele e colocadas aqui toda vez que o humor envolver o objetivo da crônica. Os mais puros que me desculpem, mas se eu não fizer assim me dá a impressão de que ficou sem graça.

O urologista a quem Carlão se referia foi meu colega de ginásio, aqui em Resende. Tem uns 2 metros de altura e a mão dele tem uma superfície equivalente a uma vez e meia à da minha, que tenho 1,75 m de altura. Daí dá pra se ter uma noção do seu dedo indicador – comprimento e grossura. Deve ter entrado rasgando tudo, já que ele enfiou o dedo, como o meu amigo disse, sem preliminares!

Não falei nada pro meu amigo, mas eu também vou fazer o meu exame de próstata na semana que vem, coisa que faço anualmente desde há uns 15 anos e que a partir desse exame passará a ser semestral, segundo orientação da pessoa que vou classificar no próximo parágrafo. Nada de anormal! Apenas uma ação preventiva rotineira, posto que até hoje não apresentei nenhum motivo de preocupações, mas a idade (62 anos) me obriga a que seja mais precavido quanto à minha saúde.

Só que para essa atividade eu trato com uma DOUTORA UROLOGISTA e, no caso desse exame, passo batido, pois ela tem o dedo indicador bem piquinininho e também bem fininho! E ela capricha tanto na vaselina utilizada para lambuzar a luva que após o exame tenho que vir correndo pra casa (o consultório da doutora fica a duas quadras, pertinho) para, pelo MENAS, dar uma lavada na bunda.

Se eu não fizer isso o mais rápido possível, ou se demorar em fazer isso, ou me sentar, a vaselina atravessa a cueca e deixa a calça toda marcada, espalhada por ambas as nádegas, parecendo que estou todo cagado, o que todo mundo percebe por causa da mancha na calça, e parecendo-se perfeitamente com a mancha produzida por aquele tipo de merda que produz um fenômeno ímpar da natureza denominado de caganeira, segundo a atual nomenclatura da UNESCO.

E tem mais: se após alguns minutos após a lavada da bunda a gente solta pelo escapamento-costal-inferior do nosso corpo uma baforada do gás comprimido produzido no intestino, a vaselina que tinha ficado guardada nos mais íntimos recônditos das nossas tripas grossas sai batendo palmas junto com ele. E aí começa toda a melecada de novo, na bunda, na cueca e na calça! Para alívio de todos, vaselina não tem odor (Graaaande consolo!), mas o gás que provocou a sua expulsão...

Já um outro amigo meu, que se diz macho pra burro (No fundo, no fundo, sempre tive a impressão que ele é um viado da categoria Narciso. Uma hora dessas apresentarei todas as categorias dessa classe aqui no meu blog.), há uns dez anos, foi fazer esse exame também com um DOUTOR UROLOGISTA e aconteceu o seguinte: o doutor, apesar de usar a luva também besuntada de vaselina, não conseguiu, de jeito nenhum, mesmo forçando o dedo indicador como se fosse uns saca-rolha, porém num vai-e-vem inútil, enfiar o dedo no cu do filho-da-puta. Não tinha jeito, tratava-se de uma missão impossível!. O Luiz (esse realmente é o pré-nome dele) deu uma trancada no próprio cu, segundo ele, inconscientemente, que não tinha nada, mas nada mesmo que conseguisse entrar ali. Nem entrar, nem sair!

O doutor lhe disse calmamente umas dez vezes “- Relaxa, Luiz, isso não dói nada! É só a primeira vez! Olha, vou enfiar bem devagarzinho, tá bom? Porra, Luiz, colabora... relaxa! Depois de tudo pelo qual passará, verá que foi bom pra tua paz de espírito! Então... abra, Luis, dê só uma abridinha!”

Mas, em vão! Até hoje, passados uns dez anos, o Luiz jamais voltou a qualquer urologista. Que Deus proteja a sua próstata!

° ° ° ° ° ° °
PS: Escrevi esta crônica em 24.08.2006. Minha mulher, Luísa, quando me viu editando-a, pediu para lê-la e ao final praguejou: “- Cruz credo, Norival! Você não tem um assunto mais sério, não?”.

I bibida prus músicus!

Dez Problemas da Arte de Conversar

1. Ouça com atenção

Muitas vezes nos concentramos tanto no que tencionamos dizer que não ouvimos realmente o que a outra pessoa está dizendo. Se você ouvir atentamente os outros, eles prestarão mais atenção quando chegar a sua vez de falar

2. Fale sobre coisas que interessam à outra pessoa

Diz um psicólogo: “O encanto da conversa consiste menos em demonstrar o próprio espírito do que em abrir caminho para que o outro sujeito demonstre o seu”.
o
Quando se estimula o outro a falar sobre seus assuntos prediletos, nunca há razão para preocupar-se com silêncios constrangedores e, geralmente, fica-se tão absorvido que não há tempo para acanhamento... que é o maior obstáculo para uma conversa espontânea

3. Evite minúcias desinteressantes

“O segredo de ser cansativo consiste em contar tudo”, advertiu Voltaire. Todos nós conhecemos a pessoa que faz digressões e nunca omite um fato desnecessário. “Não sei bem se foi numa sexta ou num sábado. Mas deve ter sido por volta de dez e meia, porque eu acabava de sair da casa de meu irmão, do outro lado do parque, e depois...”. Muito antes de o narrador chegar ao clímax de sua história já estamos cansados.

4. Evite expressões cediças

Não deixe que o apontem como “uma pessoa de poucas palavras, que as usa continuamente”.
o
Algumas mulheres arrulham a palavra “maravilhoso” em quase todas as frases.
o
Outros adeptos do cediço repetem a todo instante: “É o que eu digo!”, “Esta é a maior!”, “Só mesmo você!”, “Está entendendo?”, “Entendeu?”, “Né?”.
o
Ainda entre algumas mulheres, a moda é dizer "chiquézimo", "elegantézimo", “bacanézimo” e outros ézimos mais, enquanto quase todos, homens e mulheres, acham que o supra-sumo da cultura é dizer “Com certeza!” para tudo com o que concordem ou para com o que querem que concordem, esquecendo-se, ou evitando - nesse caso, por puro e obscuro modismo mesmo ou, como o papagaio que só repete o que ouve, de forma reflexiva, maquinalmente - substituir, de vez em quando, essa expressão pelos seus correspondentes "Certo!", "Correto!", "Positivo!", "Seguro!", também pelos seus correspondentes advérbios, ou um simples “Sim!”, o que embelezaria sobremaneira a qualidade da sua conversa, saindo do lugar comum da mesmice, já que em meia dúzia de palavras pronunciadas duas são “Com certeza!”, com certeza!

Outras duas corruptelas mais modernas da palavra ou expressão são “a nível de” e “tipo...“, posto que a expressão correta é “ao nível do” ou “ao nível da”, ou "do nível do" ou "do nível da", e ela só pode ser utilizada em relação às águas dos mares e dos rios, do topo do prédio, do 3° andar, do cume ou de algum lugar da montanha ou morro, da altura de cruzeiro de uma aeronave, balão ou coisa semelhante, da profundidade de um submarino. Deve ser sempre relacionada com altura ou profundidade. Mas jamais “a nível de chefia”, “a nível de propaganda bem bolada” e
a nível de outras mais.

Já o emprego da palavra “tipo” seguida de um “esclarecimento”, como “tipo cem reais”, “tipo dez horas” e mais “tipos...” é uma demonstração
tipo Mary Shelley, criadora do monstro Frankenstein, pois quem o utiliza é um esmerado criador de tipos monstros lingüísticos.

Fuja desses exemplos estereotipados! E não faça citações de si mesmo! São poucas as pessoas tão espirituosas como Bernard Shaw, que podia gracejar: “ - Cito-me freqüentemente. Isso dá sabor à minha conversa!”.

5. Fale com precisão

Pare um instante para disciplinar suas palavras antes de falar; não mergulhe de cabeça numa frase, esperando que acabe dando certo. Evite pular de um tópico para outro; a conversa é mais interessante quando se prolonga um assunto por muito tempo para apreciá-lo do ponto de vista de quem dá e de quem recebe.
o
Muitos de nós somos culpados de tornar difícil a compreensão de nossa conversa com cacoetes e hesitações. Olhe de frente a pessoa com quem estiver conversando e não ponha a mão diante da boca para falar indistintamente. Não deve ser necessário que lhe peçam para repetir o que disse.

6. Faça as perguntas adequadas

Os bons entrevistadores – repórteres, advogados, psiquiatras etc – sabem que uma pergunta bem concebida e bem formulada ajuda a outra pessoa a se expandir. Indica um interesse sincero por ela e pelas suas opiniões.

Perguntas convencionais, no gênero de “Como vão as coisas?”, ou “O que há de novo?” não têm sentido. Por outro lado, perguntas do tipo “Como foi que o senhor começou o seu negócio?”, ou “Se tivesse de começar a vida de novo, escolheria esta cidade para morar?” indicam interesse sincero. E frases discretas como “”Não acha?”, ou “Qual é a sua opinião?” muitas vezes mantém a outra pessoa falando e evitam que nós falemos demais!
7. Aprenda a discordar sem ser desagradável

Muitas vezes o que mais importa não é o que se diz, mas a maneira de dizê-lo. Benjamim Franklin costumava observar diplomaticamente:
o
“Uma discussão amistosa muitas vezes enriquece uma conversa, mas não comece a discutir com uma declaração indiscriminada como “Detesto advogados. São todos uns chicanistas”. Tal observação dogmática fará com que todos os grupos tomem partido com uma violência que não permite conversação educada.
o
É importantíssimo não contradizer sumariamente pessoa alguma, mesmo quando se tenha certeza de que ela está errada. Use de sutileza!

8. Evite interromper os outros

Se você por vezes se vir obrigado a cortar uma conversa, sua interrupção parecerá menos descortês com uma frase amável como “João, você me permite acrescentar uma coisa ao que acaba de dizer?”. Diga-se de passagem que a pessoa interrompida ouvirá com mais atenção se você usar o nome dela.
o
Se você próprio for interrompido, nunca insista em voltar depois ao mesmo assunto. Procure interessar-se pela nova conversa. Se as pessoas quiserem que você volte ao que estava discutindo, elas mesmas o dirão.

9. Procure ser tolerante e diplomático

Todos nós conversamos às vezes com pessoas que nos irritam ou nos aborrecem. Nesse caso, procure concentrar-se no assunto em discussão. Afinal de contas, os fatos são impessoais. Se você procurar honestamente assumir uma atitude generosa e tolerante, aprenderá a conversar muito melhor.

10. Elogiar um pouco às vezes facilita as coisas

Sua conversa será mais rica se você aprender a elogiar as pessoas – desde que os elogios sejam sinceros! Pode-se elogiar ao mesmo tempo que se exprime apreciação.
PS: Este artigo, salvo pequena atualização realizada por mim, se constitui numa das aulas de oratória do Curso de Comunicações Verbais do Instituto Oswaldo Melantonio, São Paulo/SP, que, privilegiado, cursei, e que reorientou a minha vida numa guinada magnífica de 180 graus, para melhor.

I bibida prus músicus!

O Triplo Filtro

Na antiga Grécia, Sócrates foi famo-so por sua sabedoria e pelo grande respeito que professava a todos.
Um dia, um conhecido se encontrou com o grande filósofo e lhe disse:
- Sabe o que escutei sobre seu amigo?
- Espera um momento, disse Sócrates. – Antes que me diga qualquer coisa, quero que passe por um pequeno exame. Eu o chamo de exame do triplo filtro.
- Exame do triplo filtro? – Perguntou o outro.
- Correto, continuou Sócrates. – Antes que me fale sobre meu amigo, pode ser uma boa idéia filtrar três vezes o que vai dizer, por isso que o chamo de “Exame do Triplo Filtro”.
- O primeiro filtro é a Verdade. Está absolutamente seguro de que o que vai me dizer é certo?
- Não, disse o homem, realmente só escutei sobre isso e...
- Bem, disse Sócrates, então você realmente não sabe se é certo ou não.
- Agora me permita aplicar o segundo filtro, o filtro da Bondade.
- É algo bom o que vai me dizer de meu amigo?
- Não, pelo contrário...
- Então, deseja me dizer algo ruim dele, porém não está seguro de que seja certo.
- Mesmo que agora eu quisesse escutá-lo, ainda não poderia, pois falta um filtro, o filtro da Utilidade.
- Me servirá de algo saber o que você vai dizer do meu amigo?
- Não, na verdade, não!
- Bem, concluiu Sócrates, se o que deseja me dizer não é certo, nem bom e tampouco me será útil, porque eu iria querer saber?
º º º º º º º
Recebi essa mensagem do meu cunhado Walter, mineiro de Belo Horizonte e morador em Salvador, formatada no Power Point. Por ter gostado muito dos fundamentos e ensinamentos dela e por gostar também muito de Sócrates, debulhei-a, retirando dela somente o texto para publicar aqui.
O seu último slide apresenta as conclusões do seu criador/editor, desconhecido, descritos desta forma:
º º º º º º º
USE ESTE TRIPLO FILTRO SEMPRE QUE OUVIR

COMENTÁRIOS SOBRE ALGUNS DE SEUS AMIGOS.

A AMIZADE É ALGO INVIOLÁVEL.

NUNCA PERCA UM AMIGO POR ALGUM MAL ENTENDIDO

OU COMENTÁRIO SEM FUNDAMENTO.
º º º º º º º
I bibida prus músicus!

Brigado, Walter.

Chateau Mouton Rothschild

Consta, que certa noite, muitos anos atrás, um homem entrou com a namorada no restaurante Lucas Carton, em Paris, e pediu uma garrafa de Mouton Rothschild, safra de 1928.

O sommelier, em vez de trazer a garrafa, para mostrar ao cliente, traz o decanter de cristal cheio de vinho e, depois de uma mesura, serve um pouco no cálice para o cliente provar. O cliente, lentamente, leva o cálice ao nariz para sentir os aromas, fecha os olhos e cheira o vinho. Inesperadamente, franze a testa e com expressão muito irritada pousa o copo na mesa, comentando ríspidamente:

-Isso aqui não é um Mouton de 1928!

O sommelier assegura-lhe que é. O cliente insiste que não é! Estabelece-se uma discussão e, rápidamente, cerca de 20 pessoas rodeiam a mesa, incluindo o chef de cuisine e o gerente do hotel que tentam convencer o intransigente consumidor de que o vinho é mesmo um Mouton de 1928.

De repente, alguém resolve perguntar-lhe como sabe, com tanta certeza, que aquele vinho não é um Mouton de 1928.

- O meu nome é Phillippe de Rothschild, diz o cliente, modestamente, e sou eu que faço o Mouton Rothschild!

Consternação geral.

O sommelier, então de cabeça baixa, dá um passo à frente, tosse, pigarreia, bagas de suor escorrem da testa e, por fim, admite que serviu na garrafa de decantação um Clerc Milon de 1928, mas explica seus motivos:

- Desculpe, mas não consegui suportar a idéia de servir a nossa última garrafa de Mouton 1928. De qualquer forma, a diferença é irrelevante. Afinal o senhor também é proprietário dos vinhedos de Clerc Milon, que ficam na mesma aldeia do Mouton. O solo é o mesmo, a vindima é feita na mesma época, a poda é a mesma, e o esmagamento das uvas se faz na mesma ocasião, o mosto resultante vai para barris absolutamente idênticos. Ambos os vinhos são engarrafados ao mesmo tempo. Pode-se afirmar que os vinhos são iguais, apenas com uma pequeníssima diferença geográfica.

Rothschild, então, com a discrição que sempre foi a sua marca, puxa o sommelier pelo braço e murmura-lhe ao ouvido:

- Quando voltar para casa esta noite, peça à sua namorada para se despir completamente. Escolha duas regiões muito próximas do corpo dela e faça um teste de olfato. Você perceberá a diferença que pode haver numa pequeníssima diferença geográfica!

PS: Este post foi abocanhado, impensadamente (?), do site do Fernando Stickel, que considero muuuuuito bom. Façam uma visita nele e confirmem!

I bibida prus músicus!

Papo de galinha choca na Manicure

Entreouvido ao passar pela porta aberta de um salão de manicure/pedicure na Av. Cel. Mendes, aqui no Manejo, após ter passado pela janelona envidraçada do mesmo e através da dita cuja podia-se observar umas quinze mulheres, entre atendendes e clientAs:

- Tem três assuntos sobre os quais nunca mais eu falo...

I bibida prus músicus!

domingo, 29 de abril de 2007

Difícil de Aceitar

Mesmo sendo tricolor, todo dia levantando feliz, sempre sorridente e cumprimentando todo mundo com quem cruzo, sem problemas financeiros, mas sem reservas ou aplicações financeiras também, tenho momentos de profunda desolação por ter um filho framenguista e pelos framenguistas, de maneira geral. Pelos curintiânus, também.

(Se um dia o Bush vier morar no Brasil, desejo que ele se torne framenguista pra sofrer cotidianamente com as desgraças desse time e pagar pelos pecados que anda cometendo.)

E um blogueiro, um grande blogueiro, sagaz, excelente observador político, que mistura inteligentemente de tudo do cotidiano no seu blog, sério, às vezes, em outras, utilizando com refinada sutileza a sua verve humorística, com tudo isso, entretanto, ele aparenta, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, ser portador do desvio chamado de Síndrome do Abacaxi, aquele em que o sujeito aproveita as cascas do abacaxi para fazer refresco e que, metaforando, como o nosso prefidente Loola, abraça as cores e os símbolos de seu time como se fossem coisas sagradas.

Descobri o seu
blog, de fato, hoje, navegando um par de horas pelos seus dois últimos meses. Pretendo, porém, chegar no seu primeiro cuinhééééééééé, ocorrido em abril de 2003.

É uma respeitável caminhada!

Ele já constava dos meus preferidos. Agora incluí-o, com muita satisfação, no meu blog
e recomendo aos meus amigos que o visitem. Tenho absoluta convicção de que todos o apreciarão. Seu capitão se chama Fernando Cals e seu endereço eletrônico é observador.blogbrasil.com.

E nessa minha navegada, descobri um post do qual resolvi capturar a imagem da camisa da LUBRAX, aliás, do Framengo, sem a devida licença dele, mas sei que ele vai me perdoar, e fí-lo porque achei um grande pecado venial comparar essa vestimenta horrorosa com o Manto Sagrado.

Onde é que nós estamos! E se o Papa, que está para chegar no Brasil, nas suas navegadas pelas madrugadas (- Tão pensando que ele não faz isso? Duvidam de mim? Confirmem com o Vaticano!) descobrir esse blog e esse post? Se virar framenguista, juro que largo da mulher e mudo de mala e cuia pra igreja do Bisbo Mazedo!

Em todo o caso aí está o produto da minha afanação:
o
oOoO Manto Sagrado

Emporcalhei o meu blog novamente com as cores rubro-negra por dois motivos; o primeiro e o segundo, ou, o A e o B, à escolha.

Explicando:

Primeiro, pra levantar o moral do meu filho Gu (Gustavo), que anda meio jururu, pois tenho observado certas evidências de que ele anda amargurado por ter trocado o Fluminense pelo Framengo. E ele já tinha 25 anos, puta merda!

E segundo, para paparicar, aliás, homenagear, porque não sou de paparicar ninguém, porque quem paparica é papariqueiro e eu não sou nenhum papariqueiro, e se alguém me chamar de papariqueiro eu mando pros quintos dos infernos, e... onde é que eu estava mesmo? Ah! Achei! Como eu dizia, o segundo motivo é para homenagear esse a quem passo a chamar de amigo, o Senhor
Fernando Cals (Se não botar bronca por causa do meu ato impensado(?), ao me apossar da imagem do seu blog!) e agradecer-lhe por manter nos posts de seu blog mensagens de puro altruísmo, de informações sem as máscaras da dissimulação ou da dubiedade e de momentos de pura descontração pipocados adequadamente.

- O título deste post encabeça a matéria do post correspondente do Fernando. Outra roubadinha minha!

I bibida prus músicus!