terça-feira, 23 de outubro de 2007

Leite adulterado

A Polícia Federal deu termo à operação denominada Ouro Branco, desbaratando o esquema de duas cooperativas sediadas no Triângulo Mineiro, a CASMIL e a COOPERVALE (Cooperativa do Sudoeste Mineiro e Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande), acusadas de adicionar produtos proibidos ao leite longa vida, o tal leite UAT (Ultra Alta Temperatura, ou UHT), entre os quais grande quantidade de soda cáustica e água oxigenada, com o que se aproveitavam os produtos que chegavam estragados dos produtores e aumentavam a sua quantidade, assim como os períodos de manutenção e acondicionamento do produto posto à venda, tornando-o impróprio para o consumo, segundo laudo do Ministério da Agricultura.

As misturas de soda cáustica e água oxigenada ao leite são altamente agressivas e podem causar úlceras no estômago e no intestino se a bebida for consumida por longo prazo. A água oxigenada, ou peróxido de hidrogênio, pode causar dores de estômago. Já a soda cáustica pode queimar até a própria pele e as partes internas do corpo, desde os lábios, passando pela língua, esôfago, estômago, tripas e indo até o cu. Ambas podem até matar! OS efeitos nas crianças podem ser bem maiores do que nos adultos.

Foram presos diretores e funcionários das empresas, INCLUSIVE um funcionário do Ministério da Agricultura, responsável pela fiscalização do leite.

O leite era distribuído a vários estados e empresas do país, entre as quais a CALU e a PARMALAT, que tentou tirar o dela da reta, informando que SÓ ADQUIRE PRODUTOS NATURAIS, DE TODO O PAÍS, e não aqueles que passam pelo processo de UAT. Tá! Também acredito em Papai Noel, mula sem cabeça e em ex-viados.


Tudo acima são informações que recolhi do Globo On Line, da Oi e do Jornal Extra. Em itálico e nesta cor, produtos de minha horta.

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Taí! Antes de ler sobre a PARMALAT, já havia decidido só comprar leite dela que, apesar de ser o mais caro, carrega um nome mais ou menos respeitável. Aí, quando li o seu nome esmerdeado com o da CAMIL, aquela intenção derramou-se no piso, sem trocadilhos.

Quanto ao funcionário do Ministério da Agricultura que ajudava a misturar a merda: sem comentários. Se deputados e senadores são as maiores traíras do país, por que não termos também alguns pequenos lambaris no balaio Brasil?

Quanto ao Ministério da Agricultura, de que serve o seu selo “SIF” (Serviço de Inspeção Federal), que deve vir estampado em todos os produtos alimentícios produzidos no Brasil? Afinal, o que compramos, comemos e bebemos nesta bosta de país?

Comprei há dias três caixinhas de leite da marca MINEIRO NOVO, produzido pela USINA DE BENEFICIAMENTO SOUZA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍCIOS LTDA., de Três Corações/MG, que, estranhamente, apareceu recentemente num supermercado aqui de Resende com um preço deveras tentador. Afinal, leite para mim e minha família é tudo a mesma coisa. Ainda sobra uma caixinha fechada cujo destino será o esgoto, já, já.

Concluindo: voltei a comprar leite em saquinho!

I bibida prus músicus!

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